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sexta-feira, 9 de março de 2018

Os crentes de Bereia, e todos os hereges e suas heresias sob a ótica da oração da concordância (Mateus 18.18-19)

Arte: Pawel Kuczynski 
Quero solicitar a gentileza de que meditem sobre o uso do versículo "o que concordares na terra...".

Conversava há pouco com uma pessoa que defendia a cartilha de usos e costumes da instituição religiosa da qual faz parte. O ensino de seus líderes - embora seja uma imposição criada com boas intenções - não faz parte da doutrina de Cristo, não há respaldo bíblico para o ensinamento. Querendo justificar o procedimento de seus pastores, meu interlocutor disse "devemos respeitar as normas estabelecidas pelas igrejas, porque são seladas por Deus e desrespeitando cometemos pecado!" E usou o texto de Mateus 18.18-19 para respaldar seu argumento.

Imagine dois ou três líderes religiosos heréticos, concordando sobre heresias medonhas? Deus não concordará com os desvios doutrinários deles jamais, e ainda os chamará para um acerto de contas no Dia do Julgamento Final, se não se arrependem do pecado que cometem.

Cabe aos liderados, membros das denominações cristãs, tomarem cuidado com as doutrinas que recebem. É muito importante agirem como agiram os crentes de Bereia. Os bereianos ouviram os apóstolos pregando com muito interesse e educação, mas também analisaram se o que ouviam estava de acordo com as Escrituras Sagradas. Então, por esta atitude, Lucas fez o seguinte relato sobre eles:

"E logo, durante a noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Bereia. Ali chegados, dirigiram-se à sinagoga dos judeus. Ora, estes de Bereia eram mais nobres do que os de Tessalônica, pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim" - Atos 17.10-11 (Nova Almeida Atualizada - SBB).

Quem vai à igreja precisa se acostumar a checar todos os conteúdos que ouve. 

É necessário contextualizar o texto de Mateus 18.18-19. Jesus falava acerca da concordância na oração, entre pessoas reunidas em seu nome. Este versículo não valida criar doutrina extra bíblica, pois quem se ajunta desprezando a Palavra não se reúne em nome de Jesus. A reunião dessas pessoas é motivada por interesses próprios e, possivelmente, até diabólicos.

Proibir o que a Bíblia não proíbe ou liberar o que a Bíblia não nos dá liberdade para a liberação é algo sério demais. E tais atitudes se chocam com as advertências contidas em Provérbios 30.5-6 e Apocalipse 22.18-19.

“Quem despreza a palavra terá de pagar por isso, mas o que teme o mandamento será recompensado” – Provérbios 13.13 (NAA).

“Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! — diz o SENHOR” – Jeremias 23.1 (NAA).

Enfim, se em Hebreus 4.1 a Bíblia se apresenta como Palavra de Deus, viva, eficaz, mais penetrante do que qualquer espada de dois cortes, penetrante até a divisão da alma e do espírito, e juntas e medulas do corpo humano, tem a capacidade de discernir pensamentos e intenções do coração do homem, qual é a intenção de dar “retoques” em suas recomendações. É um erro grave desprezá-la, alterá-la. Quem pastoreia deve entregá-la ás ovelhas exatamente como ela é; quem ensina não pode misturar suas idéias com as idéias de Deus.

E.A.G.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Jesus é a porta


"Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, sairá e achará pastagem" - João 10.9.

Você já reparou o quanto a porta está presente no nosso dia-a-dia? Temos portas em casa, nos elevadores, nos prédios, nas salas das empresas, enfim, a porta é usada como privacidade, segurança, divisão de espaços e ambientes.

A boca é a porta de nossos lábios (Salmos 141.3).

O próprio Jesus Cristo usa a porta como símbolo de salvação quando diz que Ele próprio é a porta (Mateus 6.6). Jesus afirmou que existe uma porta estreita (Mateus 7.13), que é o caminho de Deus, e, também, a porta larga, que conduz a muitos à perdição.

Haverá um tempo em que a porta será fechada e muitos ficarão do lado de fora, como na época de Noé (Lucas 13.25).

Jesus disse: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo" - Apocalipse 3.20.

A porta aqui, representa o nosso coração. Jesus está constantemente batendo, esperando que abramos o nosso coração para que Ele entre e faça morada. Esta é a grande mensagem da porta. Jesus, hoje, está batendo em centenas e centenas de corações, que são portas, pois deseja ser ouvido, aceito, para depois entrar e cear com esses corações.

Se você ainda não abriu a porta para Jesus entrar, este é o momento de uma atitude. Abra o seu coração e deixe Jesus entrar, deixe-o reinar em sua vida. Se você já abriu a porta para Jesus e já tem uma íntima comunhão com Ele, ore agora e invista tempo em oração pelos seus familiares e amigos que ainda estão com as portas fechadas. Creia: ainda haverá salvação e portas serão abertas.

E.A.G.

Fonte: boletim informativo 2016 da Igreja Batista Renovada, Joel Cardoso Junior

quarta-feira, 7 de março de 2018

Deus e a bebida alcoólica



Aqui no blog Belverede, ontem, 06/03/18, um leitor entrou no espaço de comentários e citou Deuteronômio 14.26, insinuando a tese de que Deus é favorável ao uso de bebida forte. Não pude deixar de responder a ele. Respondi assim:

Considere que não devemos tomar um texto de menor clareza, como Deuteronômio 14.26, para confrontar outras passagens bíblicas, extremamente claras. Então releia e relembre, que:

• Levítico 10.8-9 proíbe o sacerdote de beber vinho ou bebida forte quando estava prestes a ministrar na tenda da congregação;
• Provérbios 20.1 adverte quanto ao efeito negativo do seu uso;
• Provérbios 31, versículos 4 e 5, proíbe os reis, governantes, beberem bebida forte, para que não pervertam a justiça;
• Provérbios 31.6, traz a única referência a beber bebida forte; diz para oferecê-la, com o objetivo de suavizar a dor, aos que estão em amargura e morrendo;
• A Bíblia lamenta quem está acostumado a ingerir bebida forte exageradamente (Isaías 5.11; Amós 6.1, 6; Miqueias 2.11);
• Todas as pessoas são claramente advertidas que Deus abomina a ingestão de muito álcool (Amós 6.1-8);
• Lucas 10.34 apresenta o Samaritano usando o vinho para reanimar a vítima de roubo e violência, que está desfalecida à beira do caminho;
• Paulo afirma que é muito bom não comer carne e nem beber vinho, e nem fazer qualquer coisa que induza o nosso irmão a tropeçar na fé (Romanos 14.21);
• Ao escrever o texto de Efésios 5.18, Paulo nos diz para nos enchermos do Espírito, e não de vinho, pois o mesmo nos leva à contenda; • A liderança cristã é ensinada a viver sobriamente (1 Timóteo 3.3, 8);
• Paulo instrui seu discípulo a tomar uma pequena dose de vinho como finalidade medicinal (1 Timóteo 5.23).

Enfim, Normam Geisler, apologista cristão, abordando este tema, esclarece sobre a cultura judaica quanto à ingestão de bebida embriagante. Informa que os israelitas eram acostumados a diluir o vinho em três partes de água para cada uma de vinho.

E.A.G