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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Perseverando na fé

Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

A perseverança dos salvos é uma doutrina que está presente em vários textos bíblicos e torna-se o repouso para a alma de todo crente enquanto sua salvação eterna não está completa, pois, enquanto se desfruta a salvação presente no mundo, vive-se na gloriosa esperança da salvação futura, quer na vinda de Cristo ou pela morte do crente, ser concretizada definitivamente.

I - A PERSEVERANÇA BÍBLICA

1. Conceito bíblico de perseverança.

A perseverança traz embutida a ideia de que o salvo deve esforçar-se para não se deixar seduzir pelos encantamentos do mundo e assim perder a sua salvação. Por isso a Bíblia, solenemente expressa o aviso para que o crente esteja sempre de prontidão para ir morar no céu. A Palavra de Deus afirma: “Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha" - Apocalipse 16.15.

Perseverança provém da palavra grega "proskarteresis" e tem a ideia de constância, paciência e persistência cristã em tempos de tentação, aflição, angústia, provação e provocação e, mesmo assim, continuar inflexível e firme na fé em Cristo, esperando e dependendo pacientemente dEle em tudo e para tudo. Outra palavra empregada é "plerophoria", que significa "plenitude de convicção e confiança".

A sentença "uma vez salvo, salvo para sempre" não tem apoio fundamentado nas Escrituras Sagradas. Caso fosse desse modo, não precisaria haver nenhum esforço para a pureza e santidade, e isso deporia em oposição a bondade de Deus de conceder o livre-arbítrio aos seres humanos (Salmos 25.12; Provérbios 3.31; Marcos 13.22).

Em Efésios 6.10, encontramos o início da lição de Paulo sobre a armadura divina. A  chave para sua interpretação está em analisar toda a sua extensão, que termina no versículo 20, e sua fundamentação, que é Isaías, capítulos 11, 52 e 59. Nesta passagem bíblica, o apóstolo usa a analogia da indumentária de um guerreiro preparado à batalha campal para tipificar as armas de ataque e defesa de que o cristão necessita para combater as forças espirituais do mal. Trata-se de uma capacitação divina para resistir às adversidades.

Tal armadura tem a seguinte composição analógica:
cinto: representa a verdade;
couraça: representa a justiça;
sapatos: Evangelho da paz;
escudo: fé;
capacete: salvação;
espada: palavra.
Tais apetrechos são as "armas" necessárias para o crente usar, na posição de membro da Igreja de Cristo, por meio da oração, não apenas nas batalhas pessoais contra as tentações diabólicas, mas para também estar engajado na missão que Deus lhe chamou, que é propagar ao mundo as Boas Novas de salvação. O termo "palavra" nesta passagem, não se refere ao conteúdo das Escrituras ("logos tou theou"; Hebreus 4.12), mas a exposição inspirada por Deus  ("rema tou theou") e pelo seu Espírito, essencial para a evangelização eficaz.

É importante não desanimar, resistir, lutar e vencer (6.10-13). Isto é viabilizado através do zelo pela unidade e amor entre os irmãos, entendendo que lutas e dificuldades no relacionamento entre pessoas são ciladas construídas pelas forças satânicas nos lugares celestiais e não devem acontecer (6.12).

Este ensinamento tem origem no Espírito Santo, são diretrizes do Evangelho de Cristo. Para entender mais sobre a armadura divina, veja mais a respeito lendo o que Paulo fala a respeito do assunto. Compare:
verdade (6.14): compare com Efésios 1.13; e 4.15, 21, 25; e 5.9; Isaías 59.3-4, 15;
justiça (6.14): compare com  Efésios 1.4; e 4.24; Isaías 11.5; e 59.8-17;
Evangelho da paz (6.15): compare Efésios 2.14-17; e 3.6, 8; Isaías 11.6-10; 52.7
escudo da fé (6.16): compare com  Efésios 1.13, 19; e 2.8, 9; Isaías 11.4; 59.18;•
capacete da salvação (6.17): 1 Tessalonicenses 5.8; Isaías 59.17;
espada do Espírito (6.17): Efésios 3. 7-10; 4.29 e Isaías 49.2; 11.2; 59.21.
2. Provisão divina e cooperação humana.

A perseverança é iniciada e garantida por Cristo até o dia final e conquistada pelo crente em cooperação e sujeição a Ele (Filipenses 1.6; 2 Pedro 1.10). Aos crentes que perseveram há a promessa e a esperança de serem conservados até o fim (1 Coríntios 1.8).

Embora o crente conte com a ajuda do Espírito Santo para perseverar na fé, algumas providências precisam ser tomadas para que essa ajuda seja efetiva na vida. São elas:
Cultivar o hábito da oração diária, apresentando a Cristo todas as tentações e aflições, buscando nEle a ajuda necessária para vencer (Efésios 6.18; Mateus 26.4);
Manter o coração e a mente sob o escudo da fé, que desfaz as investidas de Satanás (Efésios 6.16);
Desenvolver uma dependência de Deus em todas as situações, quer favoráveis ou não. A consciência de que precisamos de Deus mantém a humildade, que nos livra da queda e do tropeço (1 Tessalonicenses 5.18; Provérbios 29.23).
Cultivar a esperança, que mantém os nossos olhos em Cristo e na eternidade (1 Coríntios 13.13).

II - O PERIGO DA APOSTASIA

1. Conceituando apostasia.

A Bíblia ensina que a apostasia tem sua origem na obediência a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, bem como na introdução furtiva de homens que torcem o conteúdo bíblico e, de alguma forma, negam a pessoa ou obra de Cristo (1 Timóteo 4.1; 2 Coríntios 11.13-14; 2 Pedro 2.1).

Apostasia é dar às costas àquilo em que se creu um dia em relação ao que a Bíblia ensina; renunciar e distorcer propositalmente o ensino bíblico de forma a colocar e mesmo ensinar algo contrário em seu lugar. Ela pode acontecer parcialmente quando se renunciam algumas ideias ou doutrinas, ou, então, totalmente, quando se renega todo o conteúdo bíblico e a fé cristã. A apostasia sempre estará relacionada com a rebelião contra Deus.

A apostasia é o abandono da fé. A Bíblia não apresenta nenhum relato de apóstata que tenha se arrependido de seus erros; pelo contrário, afirma o seguinte: "Porque, se continuarmos a pecar de propósito, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados" - Hebreus 10.26.

A apostasia não pode ser confundida com heresia. A heresia é caracterizada pelo desvio, ainda que sutil, de uma crença aceita como doutrina, enquanto que apostatar é o mesmo que retraimento ou renúncia renúncia do exercício da fé.

2. A prática da apostasia.

A apostasia é permitida diante do livre-arbítrio, das possibilidades de escolhas do ser humano. Os crentes não estão impedidos de apostatarem da fé, ou ainda de serem tentados e pecarem, e de sofrerem as consequências do pecado e da perdição eterna.

Dispor-se à viver em Cristo não isenta o cristão a experimentar dificuldades, ser pressionado a descreditar das promessas de Deus e com isso ser induzido a desprezar o senhorio de Jesus em sua vida. O espírito humano está preparado para obedecer ao Senhor, porém a natureza humana é frágil e nem sempre está disposta a viver em fervor devocional. Portanto, o cristão deve orar para não cair em tentação; para manter-se firme na fé e confiar na força do Espírito Santo, que lhe capacita a perseverar. É obrigação do crente repudiar o mal em sua vida, fazer morrer a natureza pecaminosa (Mateus 26.41; Romanos 8.11).

O crente peca por ignorância, negligência, fraqueza e malícia. Esta última é o pior dos quatro motivos da prática do pecado, pois pode levar à perda da salvação e significa falta de fé e ofende a pessoa de Cristo e é indício de apostasia.

III. SEGUROS EM CRISTO

1. Cristo garante a salvação.

As tentações jamais serão maiores do que nós. Deus não deixa de mostrar o caminho da salvação ao pecador. E a Escritura Sagrada garante que jamais seremos tentados além de nossas forças. A fidelidade de Deus ajusta a nossa carga de acordo com a nossa força. Ele sabe o que podemos suportar e o que podemos enfrentar e sabiamente providencia ajustes às nossas tentações para que estejam niveladas à nossa capacidade de enfrentamento.  Ele cuida para que não sejamos derrotados. Se confiamos nEle e resolvemos perseverar, Ele dá o escape da tentação ou dos danos provocados por ela. Nós sempre teremos o resgate do Senhor, para que possamos ter condição de perseverar até o fim.

Há sempre solução em Cristo: "Não sobreveio a vocês nenhuma tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar; pelo contrário, juntamente com a tentação proverá livramento, para que vocês a possam suportar" - 1 Coríntios 10.13.

2. A alegria da salvação.

Se vivemos guiados pelo Espírito, vivemos em santificação e o Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. O testemunho do Espírito é expresso em plena concordância com o conteúdo bíblico. A Bíblia nos garante a salvação em Cristo e a certeza da salvação através do testemunho interior do Espírito Santo. Como consequência, pode-se desfrutar da imensa alegria que os salvos têm enquanto peregrinam nesta vida. Mas convém estarmos alerta porque a salvação pode ser perdida em casos de apostasia e afastamento da fé em Cristo.

Embora os crentes possam apostatar da fé, isso não significa que estarão condenados para sempre, pois isso atestaria contra a bondade e a misericórdia de Deus. Caso se arrependam e abandonem a prática, podem se juntar novamente ao povo de Deus, embora dificilmente um apóstata venha a se arrepender.

3. A certeza da vida eterna.

Uma vez que a pessoa confessa a Cristo como seu Salvador, seu intelecto compreende, e o Espírito confirma em seu âmago que ele é filho de Deus, gerando nele a certeza da salvação, que é como um testemunho interior, a qual manifesta a segurança da salvação, garantida por fé na graça de Cristo. Além disso, o Espírito nos faz saber que pertencemos a um Pai celeste que cuida de nós com presteza e carinho, e que com Ele podemos ter um relacionamento muito íntimo (Romanos 8.16). 

A segurança da salvação é concebida na mente do crente, exclusivamente, através da experiência da salvação. É uma experiência espiritual e emocional, e com essas características gera a certeza incontestável de que haveremos de herdar a vida eterna.

CONCLUSÃO

O sofrimento de Paulo não o fez desanimar na fé. Ele testemunhou o seguinte: "Para este evangelho eu fui designado pregador, apóstolo e mestre e, por isso, estou sofrendo estas coisas. Mas não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar aquilo que me foi confiado até aquele Dia" - 2 Timóteo 1-11-12. Neste texto, o verbo que o apóstolo usa está no tempo pretérito perfeito composto, indicando uma ação de continuidade, a fé exercida no início, mas mantida firme durante as duras provações e dúvidas ligadas à vida cristã.

O "Dia" final de Paulo é o momento em que a esperança e a fé fundir-se-ão no horizonte eterno e alcançarão sua concretização final para a alegria de multidões de salvos que estarão diante do Trono do Cordeiro, porque creram na esperança da salvação que se tornou que se tornou real.

"Porque na esperança fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança. Pois quem espera o que está vendo? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos" - Romanos 8.24-25.

E.A.G.

Compilação
A Obra da Salvação. Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida; Claiton Ivan Pommerening; página 128 a 136; 2ª impressão 2017; Bangu, Rio de Janeiro/RJ (CPAD).
Bíblia Missionária de Estudo, páginas 1227, 1228, 1147, 1148, 1182, edição 2014, Barueri, São Paulo/SP (SBB).

Natal - celebração do nascimento de Jesus Cristo


A celebração do Natal. Nascimento de Jesus Cristo e a farsa do Papai Noel, sintetizado em desenho.

E.A.G.

domingo, 10 de dezembro de 2017

Os cinco pontos do arminianismo (parte 1 de 5 postagens)

Jacó Armínio
Por Elinaldo Renovato de Lima

Em seu plano de salvação, Deus oferece seu benefício a todos os homens. O convite à salvação é de uma extraordinária expressão do amor de Cristo por todos os perdidos e não apenas por alguns, eleitos ou predestinados de forma discriminatória:

"Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu os aliviarei. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração; e vocês acharão descanso para a sua alma. 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve" - Mateus 11.28-30.

O convite é para "todos" os "cansados e sobrecarregados". Não apenas algumas pessoas estão nessa condição, mas "todos".

Jesus proclamou solenemente:

"Em verdade, em verdade lhes digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida" - João 5.24.

É tão simples, descomplicado e claro:

"Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus" - João 3.18.

Ao concluir sua missão e dar a grande comissão a seus discípulos, disse:

"Aquele, porém, que ficar firme até o fim, esse será salvo"- Mateus 24.13.

Antes já explicara que a condenação não decorre de alguma pessoa ser eleita ou não eleita, mas sim de não crer no unigênito Filho de Deus", e amar mais as trevas do que a luz (João 3.16-18).

I - As bases históricas da soteriologia

Foi nos séculos XVI e XVII, que, em meio aos impactos da Reforma Protestante, que homens de Deus foram levantados para estudar acuradamente as verdades bíblicas sobre a salvação do homem. Dentre esses estudiosos, destacou-se João Calvino, eminente professor e teólogo cristão de nacionalidade francesa. Sua visão da doutrina da  teve e tem muitos seguidores, simpatizantes e discípulos. Sua tônica é a doutrina da eleição de alguns, predestinados para a salvação, por decreto de Deus, enquanto outros são destinados desde o ventre à condenação eterna, por decreto divino, visto que, na visão de Calvino, Jesus Cristo veio dar a sua vida pelos eleitos e não pelo mundo, ou por todos os homens [1] 

As teses calvinistas tiveram o contraponto de Jacó Armínio, pastor da Igreja Reformada de Amsterdam,durante 15 anos (1588 a 1603); teólogo, professor da universidade de Leiden, de 1603 a 1609, na Holanda. Com a força dos argumentos fundamentados na Bíblia, Armínio tornou-se uma referência em matéria de soteriologia. Seus pontos de vista tiveram "o apoio de 44 ministros e teólogos das Províncias Unidas", nos Países Baixos [2]. Nos últimos anos de sua vida de apenas 49 anos, padecendo de enfermidade que o levou á morte (parece que os teólogos morrem cedo), Armínio  legou para seus discípulos a sistematização e formulação de sua doutrina da salvação, que eles condensaram num documento histórico, em 1610, um ano após a sua morte, a quem deram o nome de Remonstrância.

II. A Remonstrância - síntese do Arminianismo

As obras de Armínio (1509) são exaustivas. Mas seu pensamento teológico foi resumido por seus discípulos, após a sua morte, de forma compreensível e condensada, num documento chamado Remonstrância. Chamados de "remonstrantes" [3], os seguidores da teologia de Armínio resumiram "em cinco artigos, o que Jacó Armínio teria defendido como a visão mais coerente e majoritariamente aceita e amparada pela história da igreja em relação à doutrina da salvação" [4] • A partir e seus cinco artigos, podem-se resumir o Arminianismo em cinco pontos doutrinários.

"Artigo 1

Que Deus, por um eterno e imutável plano em Jesus Cristo, seu Filho, antes que fossem postos os fundamentos do mundo, determinou salvar, de entre a raça humana que tinha caído no pecado - em Cristo, por causa de Cristo e através de Cristo - aqueles que, pela graça do Santo Espírito, crerem neste seu Filho e que, pela mesma fé e obediência de fé até o fim; e, por outro lado, deixar sob o pecado e a ira os contumazes e descrentes, condenando-is como alheios a Cristo, segundo a palavra do Evangelho de João 3.36 e outras passagens da Escritura.

Artigo II

Que em concordância, com isso, Jesus Cristo, o Salvador do mundo, morreu por todos e cada um dos homens, de modo que obteve para todos, por sua morte na cruz, reconciliação e remissão dos pecados; contudo, de tal modo que ninguém é participante desta remissão senão os crentes.

Artigo III

Que o homem não possui por si mesmo graça salvadora, nem as obras de sua própria vontade, de modo que, em seu estado de apostasia e pecado para si mesmo e por si mesmo não pode pensar nada que seja bom - nada a saber, que seja verdadeiramente bom, tal como a fé que salva antes de qualquer outra coisa. Mas que é necessário que, por Deus em Cristo e através de seu Santo Espírito, seja gerado de novo e renovado em entendimento, afeições e vontade e em todas as suas faculdades, para que seja capacitado a entender, pensar, querer e praticar o que é verdadeiramente bom, segundo a Palavra dde Deus (João 15.5).

Artigo IV

Que esta graça de Deus é o começo, a continuação e o fim de todo o bem; de modo que nem mesmo o homem regenerado pode pensar, querer ou praticas qualquer bem, nem resistir a qualquer tentação para o mal sem a graça precedente (ou proveniente) que desperta, assiste e coopera. De modo que todas as obras boas e todos os movimentos para o bem, que podem ser concebidos em pensamento, devem ser atribuídos à graça não é irresistível, porque está escrito de muitos que eles resistiram ao Espírito Santo.

► Os cinco pontos do arminianismo (parte 2 de 5)
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1. Obras de Calvino: - De Clementia - obra anotada De Sêneca - 1532; - Psychopannychia - 1534; Institutos da Religião Cristã - 1536; e-Catéchisme de I'Eglise de Genève - 1542.
2. MARIANO, Wellington. O que é a teologia arminiana. p.17.
3. Apud MAIA, p. 62: "Os Remonstrantes são um grupo de mais de quarenta ministros e teólogos dos Países Baixos que deram continuidade ao desenvolvimento da teologia de Armínio, entre os quais se destacam Simão Episcópio (1583-1643), o conhecido cientista político Hugo Gr´cio (1583-1645), o político e diplomata João Oldenbarnevelt (1547-1619) e o ministro João Uytenbogaert (1557-1644). Eles escreveram um documento em defesa da doutrina arminiana, chamado Remonstrância, no qual discordavam das interpretações do ensinamento de João Calvino então vigentes na Igreja Reformada Holandesa". Os remonstrantes foram condenados como heréticos no Sínodo de Dort (1618-1619), que levaram a julgamento as teses de Armínio. E estabeleceram os 5 pontos do Calvinismo: Total desaprovação; eleição; eleição incondicional, Expiação limitada; Graça irresistívele Preservação dos salvos.
4. MARIANO, Wellington. O que é a teologia arminiana, p. 17.
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Fonte: revista Obreiro Aprovado, ano 38, número 75, 4º trimestre 2016, páginas 68, 69, 70, 77, Bangu, Rio de Janeiro/RJ (CPAD).