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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Casamento e perdão

Por Silmar Coelho

Deus criou o relacionamento conjugal. É uma relação única na experiência humana. Não há nenhum outro relacionamento íntimo e gratificante. O casamento nos obriga a viver com outra pessoa na mais íntima união conhecida na humanidade. Essa intimidade pode ser intimidante. Somos obrigados a revelar o verdadeiro eu, muitas vezes com medo de sermos rejeitados. Uma vez que vencemos o medo da transparência, descobrimos que não existe relação mais maravilhosa e prazerosa. Nessa união divina, temos a oportunidade de perdoar e amar como Deus nos ama.

1. Perdoar é uma escolha

O perdão é a maior prova de amor no casamento. O perdão dá a oportunidade ao outro de ser quem não era ontem. Perdoar liberta tanto o ofensor quanto o ofendido.

Você se lembra da história da prostituta arrependida que banhou os pés de Jesus com as suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos (Lucas 7.36-50)? Depois que ela realizou este ato de respeito e amor, Jesus contou a história de dois homens que deviam dinheiro ao mesmo credor. Um devia 500 denários, e o outro, apenas 50. A história revela muita coisa. A dívida do primeiro era enorme, impagável, não havia nenhuma possibilidade de ele quitar a dívida. O único meio de o devedor ser livre da dívida era receber o perdão do credor. O credor, graciosamente, tinha que cancelar a dívida. Ao contar a história, Jesus fez a seguinte pergunta: "Qual dos homens será mais agradecido ao credor?" A resposta é óbvia: aquele que foi perdoado da maior quantia. Perdão gera amor na sua forma mais plena. Quem muito é perdoado, muito ama.

2. Devemos perdoar, ainda que os erros sejam repetidos (Mateus 18.19-21)

Perdão generoso, ainda que haja faltas reincidentes, gera amor profundo e duradouro. Perdoar "setenta vezes sete" significa perdoar sempre. No casamento, determinadas infrações serão repetidas - conte com isso!

Alguns casam com uma lista pronta das coisas que seu cônjuge tem ou não de fazer. As exigências podem levar o outro à beira da loucura. Cada um tem os seus hábitos, alguns irritantes que, mesmo depois de casado, são persistentes, não importa o que o outro diga ou faça.

3. Não contabilize erros; perdoe imediatamente (Efésios 4.26-27)

Todo casal deveria ter Efésios 4.26 gravado numa placa bem visível acima da cama: "...não se ponha o sol sobre a vossa ira". Ou, parafraseando: Perdoe ou perca o sono!" A mensagem é dura: não durma até esclarecer udo o que tem prejudicado o seu relacionamento durante o dia.

O fluxo de adrenalina que alimenta a raiva o manterá acordado.

Quem adia o perdão ou deixa de perdoar permite que o coração endureça e permaneça fechado; permite que os afazeres diários impeçam a reconciliação; permite a ação do diabo; não permite os avanços do outro. Quem não conversa e perdoa rapidamente, antes do dia terminar, o faz a longo prazo. Caso contrário, pagará juros altíssimos pela sua teimosia. A sua relutância acaba incomodando o seu cônjuge, que também se recusa a perguntar o que está acontecendo. O outro simplesmente se vira e dorme. Você não entende como o outro não se dá conta do que fez e fica mais zangado. A calma e a cara de pau do outro é irritante. Ao amanhecer, você acorda sentindo-se mal.

A raiva não resolvida se torna um ponto de apoio para o grande destruir de famílias. Ao deixar de lidar com as ofensas, você deixa de agir sobre um princípio divino para agir sobre um princípio satânico.

4. O perdão sara, fortalece e amadurece a união conjugal

O casamento é diferente de qualquer outro relacionamento. Só no casamento podemos ser forjados numa união física, emocional e espiritual. Falta de perdão perturba a unidade emocional. Pior de tudo, rompe a sua unidade espiritual. Vocês vão parar de ler e a Bíblia e orar juntos ou praticarão as devoções como hipócritas, fingindo estar tudo bem, quando não está.

Paulo nos instrui a examinarmos a nós mesmos antes de celebrarmos a ceia do Senhor (1 Corintios 11.27-29). Esse autoexame inclui os relacionamentos horizontais, em especial a relação do casamento. Se o seu casamento está em desordem, a sua capacidade de desenvolver-se espiritualmente está em perigo.

Leia 1 Pedro 3.1-7. Quando o casal não se compreende e não obedece à Palavra, as suas orações são impedidas. A unidade do casamento depende de cada parceiro. Eles se perdoam continuamente para restabelecer a sua relação única. O ato de perdoar faz o casal experimentar a graça de Deus, ao dar um ao outro o que Deus graciosamente tem dado a cada um.

5. Aprenda a se apaixonar de novo - a arte de manter um bom casamento

Quando você se casou a sua emoção falou mais alto. Tudo culminou com uma lua de mel maravilhosa: romance, paixão, celebração e prazer. Você estava certo que nada poderia ficar entre você e seu cônjuge. O romance manteve as suas emoções alteradas e o amor superou os desentendimentos, a raiva e a dor. Ora, a paixão e o romance eram mais fortes do que as dificuldades.

Está claro o que precisamos fazer? Precisamos manter acesa a chama do amor. O desejo de amar deve ser maior que qualquer desentendimento.

Aprenda a perdoar e a buscar cura emocional. Cuidado para que expectativas irreais do casamento não o façam vulnerável. Não espere o romance; continue como se fosse uma febre - a paixão - mas ela vem a vai. Quem não é capaz de perdoar e renovar o amor fará com que o casamento se torne emocionalmente falido, emocionalmente morto.

Amaioria dos casamentos pode sobreviver a uma grande dose de estresse extremo, mas poucos casamentos sobrevivem à morte emocional. Perdão, reconciliação e luta pela unidade são essenciais para a manutenção de um relacionamento emocional saudável.

6. Confronte com cuidado e carinho

O casamento exige uma relação de responsabilidade diante de Deus e do homem. O desejo de enfrentar um ao outro pode ser a nossa primeira linha de defesa; no entanto, além de afastar um do outro, isso nos afastará de Deus.

Quando um dos cônjuges nota que o outro está negligenciando as disciplinas espirituais, deve motivar a mudança com delicadeza e doçura. nunca use Deus e a Bíblia como marreta. A impaciência e o "pavio curto" são sinais de que a vida espiritual está ficando em segundo plano.

Confronte com sensibilidade e sabedoria (Salmos 51.17; 34.18; Tiago 4.6-10). Não evite a confrontação, quando alguma coisa vai mal precisa ser abordada (Hebreus 3.9-13).Quem ama não permanece em silêncio quando o outro vive em padrão autodestrutivo ou prejudicial à sua família ou à causa de Cristo.

7. A reconciliação é obrigatória

O perdão é necessário em todos os nossos relacionamentos, mas o confronto e a reconciliação dependem das circunstâncias e do agir do Espírito Santo.

Em muitos relacionamentos, pode haver uma lacuna entre o perdão e a reconciliação. Pode haver intervalos naturais de separação. São lacunas do tempo que nos proporcionam a oportunidade de colocar nossas emoções sob controle e passar tempo meditando sobre o assunto para receber o toque do Espírito Santo, que nos levará em direção à reconciliação.

O casamento envolve viver juntos para sempre. 1 Coríntios 7.1-5 nos ensina a vivermos juntos e compartilharmos unidade física juntos regularmente para evitar a tentação, só abstendo-se de união por curtos períodos e apenas para o jejum e oração; e assim mesmo só se os cônjuges estiverem de acordo.

O casamento não é um relacionamento casual; é preciso cultivar uma relação que reflita o tipo de união inquebrável, união de amor que existe entre Cristo e a Igreja (Efésios 5.30-32).

No casamento, a reconciliação significa estar continuamente empenhado em proximidade, união e parceria divina. Haverá ocasiões em que você precisa de espaço para lidar com conflitos interiores, mas tome apenas o tempo suficiente para a questão ser resolvida. Deus ordena que os casais se reconciliem. Faça o que for possível para que seu casamento se mantenha forte e saudável. Siga a verdade, não suas emoções.

Conclusão

Aplicar essas verdades nas escaramuças das crianças é essencial, mas seu impacto é quase nada diante do exemplo como casal. Seus filhos precisam ver que vocês se amam o suficiente para perdoar sempre.

Pastor Silmar Coelho
Ao perdoar, seus filhos terão confiança e segurança para confessar erros e perdoar. A disposição de perdoar seu cônjuge se torna uma âncora estável para o seu lar. Perdão e reconciliação são testados ao máximo entre marido e mulher.

O confronto terá de ser abordado com o máximo cuidado. Não faça questão de estar certo. É a reconciliação que deve ser buscada e alcançada em sua totalidade. Faça o que a Bíblia diz! Confie em Deus e verá quando Ele agir.

Fonte: Renovação da Fé, ano 17, número 69, página 19, julho a setembro de 2017.



sábado, 16 de setembro de 2017

Jornalista Marcelo Rezende morre vítima de câncer


Marcelo Luiz Rezende Fernandes, jornalista, repórter e apresentador de televisão, faleceu na tarde de 16 de setembro, aos 65 anos de idade, no hospital Moriah, na zona sul de  São Paulo de falência múltipla dos órgãos. Ele lutava contra câncer no pâncreas e fígado desde o mês de abril.

O jornalista nasceu no Rio de Janeiro, em 12 de novembro de 1951, foi casado três vezes, pai de cinco filhos de mães diferentes, era avô de duas netas.

Rezende recebeu o diagnóstico médico em 28 de abril e após isso ainda apresentou três vezes o jornalístico Cidade Alerta. Anunciou que estava doente em rede nacional, numa entrevista ao Domingo Espetacular (Rede Record), no mês de maio, pouco antes de sua internação. Afastou da apresentação e comando do programa semanal Cidade Alerta, que apresentava desde 2012, mas continuou a comunicar-se com seus admiradores via rede social, quando enfatizava sua fé. Ele afirmava crer em Deus, mas não tinha filiação religiosa.

Rezende conquistou o APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e o diploma de honra ao mérito  do Festival de Filme e Televisão de Nova York;  ganhou duas vezes o prêmio Libero Badaró.

O velório aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo, a partir das 10 horas do domingo (17). Seu corpo foi transladado em cortejo por um caminhão de bombeiro e sepultado no cemitério de Congonhas (Jardim Marajoara, SP), com a presença de familiares,  muitos amigos e colegas de profissão.

Atualizado: 18 de setembro de 2017, 10h44.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A verdadeira origem do catolicismo romano

Por Abraão de Almeida

No ano 312 d.C., Constantino, filho de Constâncio Cloro, marcha com um insignificante exército contra Maxêncio, seu concorrente ao trono imperial, o qual lhe declara guerra. Reconhecendo-se sem quaisquer condições de vencer um inimigo muitas vezes mais poderoso, Constantino invoca Deus dos cristãos, pedindo o milagre da vitória. Enquanto se preparava para a batalha, consta ter aparecido a ele e aos seus legionários uma cruz no Sol, sobre a qual lia-se: "in hoc signo vinces" (por este sinal vencereis). Durante a renhida luta, Maxêncio afogou-se no Tibre, e seus soldados foram derrotados. Para Constantino, aquela vitória devia-se à ajuda de Cristo; em sinal de gratidão, no mesmo ano publica um edito, em Milão, no qual declara: "Queremos que todo aquele que deseja seguir a religião cristã possa fazê-lo sem temor algum de ser inquietado".

Está escrito na Bíblia Sagrada sobre o casamento: até que a morte os separe


A Palavra de Deus declara sobre o casamento o seguinte: "até que a morte os separe" (Gênesis 2.24; Marcos 10.8). Mas quantos casais desejam levar à sério a proposta de Deus sobre este assunto? 

A cerimônia religiosa é bonita; a festa de celebração da união conjugal acontece em um salão luxuoso, os convidados recebem tratamento sensacional, e o casal ganha muitos presentes maravilhosos. Mas, seis meses após este evento, a esposa enche as malas com os pertences pessoais do marido, coloca-o fora de casa dizendo que tudo acabou. O que houve de errado? Há quem diga que a boa relação é igual uma taça de cristal, não é possível consertar após quebrada. 

Ao passar do tempo, para que a nossa presença continue sendo aceita prazerosamente pelo outro requer o entendimento de que não casamos com alguém irreprovável. E fazer isso requer de nós a disposição de perdoá-la e o entendimento que também erramos contra ela e ela pode reagirá provocando em nós sentimentos de infelicidade.

As pessoas são falhas e imperfeitas, incapazes de produzir alegria plena e perene. Sabemos muito bem, não existe gente perfeita. É importante perceber que ao escolhermos alguém para passarmos o resto de nossas vidas, não temos o direito de colocar nas mãos dessa pessoa o dever obrigatório de nos fazer felizes todos os dias. O sentimento de insatisfação na relação matrimonial ocorre pelo alta expectativa de viver a vida de casal ao lado de uma pessoa perfeita. Se os olhos das pessoas que se casam olharem para o par conjugal com as lentes de Cristo, terá mais chance de conviver em alegria, pois será mais fácil perdoar e evitar errar contra o (a) parceiro (a) no casamento.

Para que o casamento dê certo, é necessário haver um triângulo amoroso: o marido, sua esposa e entre os dois o Senhor. O casamento é um laço de união que, quase sempre, começa com o sentimento da paixão. A paixão tem prazo de validade. Quando expira, sobra entre marido e esposa a decisão de amar um ao outro. O exercício do amor envolve a questão de fazer o bem, independente de recebê-lo. Observando pela ótica humana, esta situação é injusta para quem realiza o bem, porém, pelo lado espiritual o efeito de plantar sementes de cortesia é abrir a oportunidade de ser beneficiado. Fazer isso tem a ver com a nossa fé em Deus e em Cristo. É colocar Jesus na relação, conforme ensina a Bíblia Sagrada: "Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa" - Eclesiastes 4:9-12.

É muito difícil consertar situações complicadas. Entretanto, é preciso juntar os cacos, porque apesar dos remendos vale a pena conservar o matrimônio - porque esta é a vontade de Deus. Nós precisamos viver felizes, independente do que aconteça. A nossa verdadeira felicidade tem origem no Senhor. 

E.A.G.